quinta-feira, 11 de julho de 2013

Operário sobrevive à queda de 18 andares de um prédio em construção


Um operário caiu 18 andares de um edifício em construção em Santos, no litoral de São Paulo, nesta segunda-feira, 8, e sofreu traumatismo craniano. O Corpo de Bombeiros resgatou o operário, que foi levado em estado grave, porém estável, para o Pronto Socorro Central de Santos. Após internação o paciente sofreu cirurgia no pulmão e nas pernas e o estado é grave.
De acordo com informações de funcionários da Construtora BKO, responsável pela obra, o operário estava trabalhando no 32º andar, o prédio tem 35 andares, quando caiu em um poço, uma espécie de vão entre os andares, e foi encontrado no 14º andar do edifício. Em função da extensão do prédio, estima-se que o operário despencou por 18 andares antes de parar no 14º. Os funcionários também informaram que o trabalhador usava os equipamentos de segurança.
Segundo informações de familiares, o operário trabalhava há pouco mais de um mês na empresa que realiza a obra.
A Polícia Militar foi ao local para averiguar o acidente e a perícia técnica analisou a obra e irá ajudar a investigar a causa do acidente.
Em nota, a construtora BKO, responsável pela obra, informa que está prestando assistência ao funcionário. A empresa esclarece que está apurando o ocorrido e colaborando com a investigação do acidente pelas instâncias competentes. A obra contempla todos os requisitos de segurança – com seus poços de elevadores fechados e com todos os andares protegidos – tendo, inclusive, sido submetida à inspeção da Delegacia Regional do Trabalho de Santos recentemente.
Este é mais um entre os inúmeros acidentes ocorridos com trabalhadores brasileiros todos os dias,  principalmente na construção civil, onde os índices de acidentes só aumentam devido ao crescimento deste setor. A falta e o uso incorreto de Equipamentos de Proteção Individual – EPI, também têm contribuído para a ocorrência desses acidentes, o que evidencia a intensificação de um trabalho de fiscalização preventivo junto aos empregadores. Por isso, o Sinait atua para ampliar os quadros da Auditoria Fiscal do Trabalho no Brasil, e assim a fiscalização preventiva ser expandida, bem como a promoção à saúde e segurança dos trabalhadores.
Atualmente, o quadro da fiscalização trabalhista conta com 2.840 Auditores-Fiscais e o número é insuficiente para preencher os cargos vagos na carreira que são 800. Para cumprir a determinação da Convenção nº 81 da Organização Internacional do Trabalho - OIT são necessários a contratação de mais 5.800 Auditores-Fiscais do Trabalho nos próximos três anos. Neste sentido, o Sinait continuará trabalhando e reivindicando uma política permanente de concursos públicos para que o quadro seja recomposto e ampliado para mais de 8 mil Auditores-Fiscais do Trabalho.
Fonte: G1 Santos e Região.

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