quarta-feira, 2 de outubro de 2013

SE: Plataformas de petróleo interditadas


BICO DE ENCHIMENTO DE OLEO DIESEL, CONTRARIANDO ITEM 15.1.2 E 15.2.4 DO ANEXO II DA NR-30
Em ação realizada no Estado de Sergipe entre os dias 9 e 13 de setembro, Auditores-Fiscais do Trabalho integrantes do Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Trabalho Portuário e Aquaviário interditaram completamente uma plataforma de petróleo e os equipamentos de movimentação de carga em outras plataformas, no campo de Camorim. O campo é da Petrobrás e fica a cerca de 5 Km da costa litorânea.
O campo de Camorim possui diversas plataformas, mas a maioria delas é desabitada. A plataforma inteiramente interditada foi a PCM-9, única a ter trabalhadores em tempo integral.  Nas demais plataformas os Auditores-Fiscais interditaram os equipamentos de movimentação de cargas. Foram lavrados 44 autos de infração.
Na PCM-9 o Grupo Móvel, coordenado pelo Auditor-Fiscal do Trabalho Gilson Luccas (RJ), inspecionou o casario, as instalações elétricas, os alojamentos externos, vias de circulação e acesso, espaços confinados, vasos de pressão e máquinas. Constataram a falta de certificação dos equipamentos elétricos existentes em áreas classificadas; apresentação de laudo técnico de comprovação da continuidade elétrica da plataforma; sinalização permanente dos espaços confinados; revisão dos procedimentos de trabalho e capacitação para trabalhadores que realizam trabalho em espaço confinado; apresentação de projeto de reparo de vaso de pressão, certificado de calibração da válvula de segurança realizada antes do retorno de operação e relatório de inspeção extraordinária; apresentação do Prontuário dos Equipamentos de Movimentação de Carga (Guindastes), certificados e relatório conclusivo de inspeção dos equipamentos de guindar; entre outras.
Mais de 70 itens das Normas Regulamentadoras não estavam sendo cumpridos, o que determinou a lavratura dos autos e do Termo de Interdição total. Mais de 200 trabalhadores foram alcançados.
Para ter a plataforma desinterditada, a Petrobrás teve que tomar as seguintes providências: Instalação de sistema para monitoramento constante de gases. Instalação de detectores de gás e fumaça, interligados, nas entradas de ar do casario e nos Módulos de Acomodação Temporários (MAT) e sistemas de áudio para garantir a difusão dos alarmes e veiculação de mensagens de alerta.
Acidente no RN
Equipamento semelhante aos interditados em Sergipe provocou, em dezembro de 2011, um grave acidente na plataforma PUB 3 da Petrobrás na costa do estado do Rio Grande do Norte, lembra Rinaldo Gonçalves Almeida, Coordenador Nacional de Inspeção do Trabalho Portuário e Aquaviário. O acidente ocorreu em decorrência de problemas com o guindaste que içava uma cesta com três trabalhadores de uma lancha para o convés da plataforma.  Um técnico de Segurança da Petrobrás morreu e os outros dois ficaram gravemente feridos.
Durante a investigação do acidente fatal, o operador do guindaste informou que o equipamento parou durante a operação de içamento e quando foi dada nova partida, a lança do guindaste iniciou um movimento descontrolado de rotação, conduzindo a cesta com os trabalhadores em direção ao alojamento da plataforma, o que originou a queda e o óbito.
Rinaldo observa que as plataformas de petróleo operam em condições extremamente adversas de umidade, vento e temperaturas, o que obriga a rigorosos procedimentos de manutenção dos equipamentos de movimentação de carga para evitar acidentes

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