sexta-feira, 7 de junho de 2013

Trabalho escravo – Agência de Notícias alemã destaca o aumento do tráfico de pessoas no Brasil


Casos de escravidão urbana estão ficando mais freqüentes e expõem as mais diversas situações de servidão. O crescimento econômico do Brasil e a realização de grandes eventos previstos para 2014 e 2016 são responsáveis por grande parte desse aumento, que está atraindo imigrantes “d’além mar”, que se somam aos refugiados oriundos de países da América Latina.
Na maioria das vezes, são trabalhadores estrangeiros explorados que vêm para o Brasil atraídos por promessas de trabalho e bons salários, muito semelhante ao que é prometido aos trabalhadores brasileiros que são aliciados para o trabalho escravo rural. Vários casos têm sido associados ao tráfico internacional de pessoas.
Recentemente, foram descobertas pessoas de Bangladesh sendo escravizadas em cidade próxima a Brasília. A quadrilha que aliciava foi desarticulada pela Polícia Federal. Porém, para o Auditor-Fiscal do Trabalho Renato Bignami, a vinda desses imigrantes não revela que há uma tendência nesse sentido, pois, segundo ele, o mais preocupante são os frequentes flagrantes de trabalhadores latinos escravizados no país, referindo-se, especialmente, aos trabalhadores bolivianos em oficinas de costura no Estado de São Paulo.
O Auditor-Fiscal, que concedeu entrevista à Agência de Notícias Deutshe Velle (veja matéria abaixo), explica que a intensificação da Fiscalização do Trabalho em oficinas clandestinas motivou debates relevantes sobre o tema em Comissões Parlamentares de Inquérito – CPIs do Congresso Nacional, Audiências Públicas e manifestações de parlamentares. Todo esse debate serviu também para  levar ao conhecimento da população a atuação dos Auditores-Fiscais do Trabalho, que muitas vezes não é assunto da mídia, apesar da importância da atividade para garantir o cumprimento dos direitos trabalhistas e da legislação de segurança no trabalho, entre vários outros itens.
Ao contrário dos trabalhadores, que apoiam várias lutas dos Auditores-Fiscais, o governo não reconhece a importância desse trabalho, o que ficou claro ao enviar um Projeto de Lei que concede Indenização de Fronteira para algumas carreiras do serviço público e não incluir a Auditoria-Fiscal do Trabalho.
A atuação dos Auditores-Fiscais do Trabalho acontece com o propósito de prevenção, controle, fiscalização e repressão a delitos fronteiriços, como o tráfico de pessoas para fins de trabalho escravo, e o fazem, muitas vezes, a partir de locais estratégicos, como municípios localizados em regiões de fronteira. O tráfico de pessoas, que aumenta no país, é o mote da reportagem da Deutshe Velle  (Agência de Notícias da Alemanha).
Fonte: Sinait 

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