quarta-feira, 26 de junho de 2013

Terceirização ilícita em construção de plataformas da Petrobrás

Três empresas que prestavam serviço para a Petrobrás foram autuadas pelos Auditores-Fiscais do Trabalho da Coordenação Regional de Inspeção Portuária e Aquaviária de Santa Catarina - Coritipa/SC por terceirização ilícita e por manter empregados sem registro em livro, ficha ou sistema eletrônico. A função das contradadas era atuar na construção de plataformas de petróleo. No total, foram lavrados 76 autos de infração. As contratações irregulares envolviam mais de 1.170 trabalhadores. 
De acordo com os Auditores-Fiscais, a terceirização era ilícita por configurar mera intermediação de mão de obra e por trabalhadores terceirizados realizarem atividade fim. Em todas as terceirizadas foi constatada a “quarteirização”, ou seja, a prestadora contratou outra empresa que, por sua vez, contratou outras para realizar serviços. Ao todo, a Fiscalização do Trabalho encontrou 35 subcontratadas. 
A consequência disso é a precarização das relações de trabalho. Entre os 76 autos de infração também há os que apontam problemas na área de segurança e saúde no trabalho, não preenchimento das cotas de aprendizes e pessoas com deficiência, descumprimento dos horários de descanso e de almoço para os empregados, trabalhadores em serviço durante as férias, pagamento do salário após o 5º dia útil e falta de registro de ponto eletrônico. 
Além disso, foram lavrados autos pela falta de realização de exame médico ocupacional, ausência de programas de ergonomia para o bem-estar dos empregados, problemas na limpeza e nas condições sanitárias no ambiente laboral, prorrogação da jornada normal de trabalho, ausência de medidas de controle dos riscos ambientais, por deixar de prestar aos Auditores-Fiscais do Trabalho os esclarecimentos necessários ao desempenho de suas atribuições legais, entre outros. 
De acordo com o coordenador do Coritipa/SC, Brunno Manfrin Dallossi, duas das empresas eram reincidentes em terceirização ilícita, já haviam sido autuadas em 2012. Os relatórios referentes às três empresas foram encaminhados ao Ministério Público do Trabalho - MPT para providências. “Também solicitamos envio de todos os relatórios à Receita Federal do Brasil por causa da existência de graves indícios de sonegação fiscal em contribuições previdenciárias”.
Fonte: Sinait


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